Acho que é a primeira vez que reencarno no
Brasil.
Digo isso porque não me identifico em nada com
o jeitinho brasileiro. Prezo muito que respeitem minha posição na fila. E
sempre tomo o maior cuidado em respeitar a dos outros, pois o mundo, como se
pode comprovar a qualquer momento que se saia às ruas, está com seu limite
máximo de habitantes ultrapassado há muito tempo. Então esse jeitinho traduz-se
em desrespeito e falta de amor ao próximo.
Outra característica brasileira que tenho
imensa dificuldade em me adaptar é o que realmente se quer dizer por trás do
que se diz. Não me interessa se essas características foram herdadas de alguma
raça que nos colonizou. Só sei que estão presentes hoje em nossa cultura.
Por essa segunda característica me interesso e
tento estudá-la, compreendê-la, caso seja possível. Por exemplo: atualmente
gostaria imensamente de descobrir o que leva tanta gente a defender os atos
animalescos perpetrados pelo grupo conhecido por Estado Islâmico – EI. Porque não consigo acreditar ou aceitar que alguém, em sã consciência, realmente apoie
e deseja que se estabeleça, principalmente como Nação ou Estado, um grupo cuja
metodologia de expansão é matar, estuprar e decapitar cabeças.
Levantou-se a hipótese de que as pessoas que
defendem o EI o fazem apenas para aproveitar mais uma oportunidade de
demonstrar seu anti-americanismo. Por uma lógica mesquinha: se os Estados
Unidos são contra, eu sou a favor.
Será que descemos tão baixo assim? Não posso
acreditar. Lendo alguns textos escritos pelo grupo que defende o EI, infelizmente
não encontrei argumento mais sólido que o anti-americanismo. Citam os
interesses das grande nações pelo petróleo, que a origem do EI foi justamente a
estratégia belicosa dos americanos e que o EI poderia até ser considerado um
Estado, segundo a teoria de alguém que viveu alguns séculos atrás e escreveu
alguns livros.
Mas tudo isso ainda parece aquela técnica de
justificar um erro por outro. Um erro não pode ser justificado por outro. São
apenas dois erros. Um erro ou se auto-justifica ou não. E quando
entramos no terreno da política, um tapa pode ter o mesmo peso que uma
decapitação. No meu terreno não. E então andamos em círculo e tudo fica
parecendo mesmo apenas anti-americanismo.
Mas guardo a esperança de ainda encontrar uma razão por trás dessa defesa, diferente do anti-americanismo. Porque a pior demonstração de atraso moral da humanidade não é voltar a agir da mesma maneira que agia o mais terrível e impiedoso conquistador que já pisou a Terra, há quase 1.000 anos. Mas sim ser criado em plena democracia, educado numa Nação que vive em paz, com a bagagem de todas as ferramentas intelectuais que o mundo ocidental permite hoje e tentar defender ações animalescas de discípulos de Gengis Khan.
Mas guardo a esperança de ainda encontrar uma razão por trás dessa defesa, diferente do anti-americanismo. Porque a pior demonstração de atraso moral da humanidade não é voltar a agir da mesma maneira que agia o mais terrível e impiedoso conquistador que já pisou a Terra, há quase 1.000 anos. Mas sim ser criado em plena democracia, educado numa Nação que vive em paz, com a bagagem de todas as ferramentas intelectuais que o mundo ocidental permite hoje e tentar defender ações animalescas de discípulos de