O governo petista adotou a tese, defendida por alguns economistas de esquerda, entre eles o Nobel Paul Krugman, de que o governo pode gastar à vontade, desde que seja em ações que diminuam as diferenças sociais, que isso não terá nenhum efeito sobre a inflação.
E foi isso que o governo Dilma e Lula fizeram até agora. E tem dado certo. Até agora. Quer dizer, mais ou menos...
Em 2014 o governo já empreendeu a diversas ações de re-engenharia da sua contabilidade para azular muitas contas importantes. Então isso é mais ou menos. Os tucanos chamaram isso de pedaladas. A esquerda explicou que era para pagar menos juros. Ações do tipo fazer a CEF pagar bolsa família e não repassar o valor correspondente do Tesouro Nacional. Ou fazer a Petrobrás adiantar um pagamento de 2 bilhões de reais. Então, não está dando mais tão certo. Isso é mais ou menos.
2015 é o ano em que essa tese será posta à prova definitivamente. Preços basilares de qualquer economia, como o da gasolina e da energia elétrica, entre outros, terão quer ser reajustados sob pena de se quebrar as instituições que deles dependem. As indústrias vão de mal a pior, com milhares de demissões e muitas fechando, a exemplo das usinas de cana.
Não sei se serve de consolo à oposição derrotada, mas se o bolo desandar em 2015 não vai ter como culpar ninguém (a não ser aos americanos, como de praxe! :). Tudo indica que a bomba vai estourar e vai ser na mão do PT. Vamos assistir da primeira fila.
E no meio disso tudo, a presidenta recém re-eleita acabou de prometer que vai fazer um plebiscito a respeito de reforma política.
O governo e a Petrobrás nunca, na história desse país, estiveram tão endividados. Enquanto isso, os índices de desemprego nunca estiveram tão bem. A teoria econômica que perdeu as eleições, mais ortodoxa, diz que não tem jeito de balancear esta equação e continuar gastando, gastando, gastando... O PT diz que tem. 2015 promete... É a hora da prova dos nove, pelas mãos de quem pariu a criança.
Em 2016 contarei o resultado aqui.
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